Diz quem foi que inventou o analfabeto e ensinou o alfabeto ao professor
Me responde por favor
Como será a vida de um analfabeto(a) funcional, sujeito que representa a maior parte da população? Quais são os obstáculos que ele(a) enfrenta? Qual o grau de participação que ele(a) tem na sociedade em que vive? Como ele(a) participa e usufrue da produção material e cultural dos centros urbanos? Como sobrevivem e beneficiam-se de seus direitos de cidadãos?
Em São Paulo, ou em qualquer outra grande capital, a indústria de transformação, o comércio e a atividade social exigem, cada vez mais, o uso da língua escrita. Seja para fazer uma conta, uma anotação, ler um informativo, um manual de instruções, planejar o orçamento doméstico; seja para ler o rótulo de um produto e entender indicações de uso; seja para ler uma bula de remédio e saber a dosagem correta a ser ingerida; seja para momentos de lazer.
A reportagem A Língua que Muda o Mundo acompanhou o dia-a-dia dos migrantes nordestinos Josuel, Luiz, Severina e Sinvaldo. Eles freqüentavam o curso supletivo da ONG Ação Educativa, na turma que se referia às terceiras e quartas séries primárias do ensino formal. O livro narra as dificuldades que esses quatro estudantes, que vieram tentar a sorte em São Paulo, sofreram - e sofrem - para não serem excluídos do mundo da informação.
A partir de seus históricos e sempre sob a ótica do analfabetismo funcional, foi verificado em quais tipos de circunstâncias práticas e sociais a falta de domínio da língua escrita afetou -e afeta - suas trajetórias. Dessa forma, a investigação, também intenta trazer à tona a discussão de o quanto o (des)conhecimento da língua interfere no recorte que é dado, por cada um de nós, à realidade.
O Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional -INAF
Pesquisa realizada pelo Instituto Paulo Montenegro, instituição sem fins lucrativos ligada ao IBOPE, em parceria com a ONG Ação Educativa, revela que somente 28% da população brasileira têm domínio das capacidades de leitura e escrita. Os dados mostram que três em cada quatro brasileiros não entendem o que lêem, não sabem escrever e não conseguem sequer interpretar o que escutam.
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