Cidades invisíveis
São Francisco, 1986 - Um grupo de artistas, amigos, excêntricos e sonhadores construíram uma cidade com poucas leis e muito espaço para a imaginação. Nascia o primeiro Burning Man. Uma semana para arte, liberdade, experiência, absurdo, busca e encontro. Ninguém precisava falar com ninguém. O acordo era simples: respeitar e dar espaço ao delírio. Ouse, aceite, mas fique na sua e não entre demais na minha. Línguas de fogo salivarão as provas da fantasia e sumirão com todos os vestígios dos dias de devaneio. No último dia, ao passo que o ícone do evento era incendiado, tudo deveria desaparecer. Nada ficaria, nem sacos de lixo, nem palito de fósforo. Cidades invisíveis. A experiência deixava-se voar. O sonho se desmancharia na chama e abriria oportunidade para novos combustíveis, outras utopias. As criações humanas precisam queimar.
Black Rock City, 2006. Vinte anos depois e outras tantas cidades invisíveis. No meio do deserto de Nevada, 35 mil pessoas fazem mais um Burning Man. O público mudou. O encontro ganha um ar de rave party e loucura, traz apresentações de vídeo e outras novidades. Queimado para renascer e dar chance ao novo.

que veio para o meio de lugar nenhum com o projeto arquitetônico.
Abaixo, fim do evento, o projeto vai...
Fotos de Kathleen Craig

1 comment:
Yes, I do. I wanna burn it all - and begin it all over again.
Patrícia-Alice...
Teus posts são tudo de bom. Que alívio te encontrar nesta madrugada gelada.
O três é muuuito bom. O lustre ficou lindo. Luan conversa com o e-mail que acabei de mandar...
sincronicidades?
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