Pilares de realidade
Aqui nos Estados Unidos o mundo é realmente faz-de-conta! Um empurrão para perceber como o homem constrói sua realidade. Pan-lingüística.
Todos dão corpo às suas grandes ilusões, por mais extraordinárias que elas possam parecer. Os americanos fazem com categoria pink. Plásticos. Os brasileiros com improviso e alma de artista. Românticos. Os franceses com classe. Clássicos. Os judeus com exageros. Abraâmicos. Os palestinos sem terra. Pânico. Os intelectuais com teorias. Acadêmicos. Os terroristas com fogos. Pirotécnicos. Paquistaneses com guerra santa. Pan-islâmicos. Somente por isso o mundo existe: pletórico, pleonástico e sempre platônico.
Falei no macro, mas a fabricação de quem somos acontece no és-não-és de cada dia. Preciso acreditar nos meus pilares, embora veja muita excentricidade e devaneio.
Não satisfeitos em sonhar, todos nós oferecemos acessórios à fantasia. Promovemos o trivial, o corriqueiro, o vulgar. Ora, mais que isso. Erguemos castelos, compramos casas, visitamos pirâmides. É importante ter fé em algo, enfim. Senão, quem vai fabricar chocolate na Rússia? Eis os meios para patentear aos olhos o sentido que demos à vida.
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