cauchemar
O homem sofre...
grite a imensidão do tempo;
torna-te surdo, solto, sem sentidos;
águas que cercam o medo do covarde;
palavras sem canto para desembocar.
O homem passa...
leio mil letras no seu riso tolo;
finjo cegueira para embair o falso;
calo a voz, simulo cansaço;
busco no leito alguém para amar.
O homem olha...
entendo dia, esquecendo a noite;
‘toca-me quente, sem mais respirar’;
manhã seguinte, perdeu-se passado;
já era hora de não esperar.
O homem parte...
finjo ritmo, nessa estrada torta;
combustão para me queimar;
piso em falso a cada brincadeira;
busco em todos o que não posso dar
O homem brinca...
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